quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cada poça dessa rua tem um pouco de minhas lágrimas

Passo por aquela mesma esquina e paro naquele mesmo local, onde deixei cair minha ultima lágrima. Meu coração não reage, meus olhos nem se quer piscam. Não vejo pessoas, não ouço nada além daquela voz na minha cabeça que repete a mesma coisa: são tempos que não voltarão. Então eu ouço passos e na esperança de ser você, olho para trás. Não, não havia ninguém, nem mesmo a sombra do seu sorriso triste que me deixara paralisada ali, a dias. Olho a minha volta, já está escuro e é hora de ir. Não vejo movimento, nada que me chame a atenção.. Existem sim, pessoas e carros por ali, mas não há nada que me chame atenção ou que me distraia e faça-me voltar a vida, deixando pra lá essas lembranças. Mas essas lembranças são o que eu tenho de mais importante agora. Por mais tristes que sejam, são as ultimas lembranças que eu tenho de você. Me lembro também dos dias felizes, dos sorrisos, das brincadeiras, na época em que estávamos juntos. Isso só me traz mais saudade, e eu não quero pensar nisso.

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