terça-feira, 1 de março de 2011

This romeo is bleeding, but you can't see his blood.

Apanhou um pedaço de papel e escreveu rapidamente o nome e o telefone, e depois piscou para o moço, e saiu correndo. Ela estava atrasada para aula, e estava chovendo. E o pior de tudo, ele à havia visto. Mas ele nem se preocupou em sair correndo. Que se dane a aula, e muito mais a chuva. Ele estava em choque com a cena que vira. Será? Ela seria capaz de trai-lo? Eles eram amigos desde criança, e aquilo havia se transformado em um romance havia dois anos. Que antes de trai-lo, eles terminassem. Ele odiaria ganhar um par de chifres da amiga de infância. Mas ele havia visto. E em vez de ir para aula, foi para o Playground de skate que havia perto da praça. Ficou sentado lá por um tempo, escutando música. Havia deixado o skate em casa, e não tinha mais ninguém por ali. A chuva só aumentava, ele nem ligava. Ficou fazendo planos. Ele haveria de descobrir se ela estava traindo-o. Ele já tinha o plano perfeito em sua mente, só precisava encontrar o homem de novo. Na manhã seguinte ele foi para o mesmo lugar onde ela estava. O homem estava lá.
 - Hey, eu vi você ontem, com uma garota aqui. Na verdade, vi apenas quando ela lhe passou o telefone. E então, quem é ela? 
O homem se sentiu estranho de falar com um total desconhecido. Mas ela era muito bonita, ele haveria de falar até com o barman. 
 - Ah, ela é apenas uma menina com quem estou saindo. Bonita né? Marcamos um encontro nesta noite.
Isso já era informação o suficiente para ele. 
 - Ah, bonita mesmo. Agora tenho que ir. Tchau!
 Ele teria que programar tudo para aquela noite. 
Exatamente 17:43 ele liga pra ela:
 - Quer vir jantar aqui em casa hoje? Meus pais estão viajando. A casa é só nossa.
Ela não havia se animado muito, e quase disse que teria que sair. Mas a voz dele estava tentadora, e ela não podia largar o namorado. Então desmarcou com o amante. 
 - Tá bom. Apareço ai, as 9. Pode ser?
Nove horas estava ótimo. Ele tinha tempo de preparar tudo.
Ele nem se preocupou em arrumar o jantar, havia coisas melhores com que ele devia se preocupar.
O relógio bateu nove horas. Ela tocou a campainha. Estava linda, produzida, como sempre. O sorriso dela chegou em sua mente, e trouxe uma calma que quase o fez mudar de ideia. Mas o castigo da vingança bailava entre eles. Então ele fechou a porta silenciosamente. Ele já havia pensando em tudo. Ela sentou no sofá, enquanto ele disse que iria colocar uma música. Voltou, com uma carta em mãos, e dois fios elétricos, o típico vermelho e azul. Eles estavam ligados ao possível som, que ele foi colocar a música. Ele pegou cuidadosamente a ponta de cada um, e juntos colocou em sua garganta. Aquele choque foi fatal. Na hora, ele caiu no chão, e ela caiu em cima dele:
 - Por que você fez isso? -  Ela chorava em cima dele. 
Ele foi esperto o suficiente para já chamar as ambulâncias. Ela era a unica testemunha daquilo, e mesmo assim não foi dada como culpada, apesar dela mesmo ter dito várias vezes para a policia que ela quem havia provocado tudo isso. Após ter passado um pouco do choque, lembrou-se da carta que ele havia nas mãos dele, quando ele chegou na sala. Ela abriu cuidadosamente a folha toda molhada de lágrimas. Dentro dela havia apenas uma palavra. Era um nome. O nome do homem com quem ela pretendia sair esta noite. 

Pauta para 56° Edição conto/história do Bloínques. O titulo, para quem não sabe é a musica Always do Bon Jovi. 

Nenhum comentário: