terça-feira, 31 de maio de 2011

I'll be there for you.

   



















Por mais que a vida esteja tão boa, você não esta nela. E isso dói tanto. E se você quiser saber, eu enfrentaria o inferno todo dia se for pra ter você comigo.







É pra alguém mais do que especial pra mim, que eu abandonei no tempo. Saiba que o inferno é pouco, comparado ao que eu faria pela nossa amizade de volta. Eu te amo muito, pequena. 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Os problemas e a matemática.

É claro que matemática não pode mudar sua vida, nem te ensinará tudo o que deve aprender.Aliás, matemática é um saco. Mas, se você pensar, ela nos ensina uma grande lição: Todos os problemas tem solução. Não importa o quão difícil de chegar a elas seja.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ele era um herói.

Ele mal tinha chegado aos seus cinco anos. Ou sete. Ninguém nunca soube dizer. Desde pequeno mostrava-se um verdadeiro herói. E naquele dia, o mundo estava em suas mãos. Se ele fosse como uma criança normal, nunca saberia o que fazer, mas ele foi treinado para este dia. Ele havia ensaiado exatamente cada passo, e sabia o que fazer se algo desse errado, mas mesmo assim o coração batia a mais de mil dentro do peito. Ele tinha uma roupa especial e talvez, até um nome especial.
Naquele dia, aproximadamente à meia noite, o mundo estava prestes a explodir. É, literalmente explodir. Como em todas aquelas histórias clichês, ele tinha um arquiinimigo. A diferença é que seu arquiinimigo não tinha sete anos e não era apenas um garotinho. Para falar a verdade, era um grupo de vilões de mais ou menos uns 20 anos. Mas isso não o deixava com medo. O único fato que o temia, era que o mundo estava em suas mãos, e qualquer erro seria fatal. 
O grupo de garotos, ao qual vamos chamar de Leviatã, não tinha objetivo algum em fazer o que faziam. Eles chamavam atenção sendo daquele jeito. O mundo todo os conhecia. Era isso que eles ganhavam. Fama e poder era o bastante para aqueles quatro.
Coby Sterling, o herói da nossa história, teve uma pequena mutação em seu DNA que o deixou diferente das outras pessoas. Ele não sentia dor, ele era forte, ele tinha um raciocínio mais veloz e alguns dizem inclusive que ele quase podia voar. O defeito no seu DNA não foi programado e não era hereditário, então ele era realmente o único que podia salvar o mundo. E Leviatã era o único que podia acabar com ele. 
Essa mutação os tornava um tanto quanto imunes ao forte calor. Com uma idéia magnífica de chamar total atenção, Leviatã colocou uma bomba no centro da Terra. Complicado demais para uma mera humana entender ou explicar. Tudo o que Coby tinha que fazer era ir ao centro da Terra e dar um jeito. Simples né?
Não, é muito mais do que complicado. Com sua afinidade em magnetismo, ele estava ligado ao centro da Terra, o que o mataria se algo acontecesse por lá. Mas mesmo assim, ele estava disposto a ir.
Ele tinha uma maquina especial, que o levaria até o núcleo. A viagem seria um pouco longa. Dentro de doze horas ele estava lá. Já eram 22 horas. O tempo todo se passavam perguntas instigadoras em sua mente. O calor que fazia lá, era comparado ao sol. Mas Coby não sentia nada. A partir daquele instante ele estaria sozinho. Ele fechou a porta da maquina, abortando tudo. As horas se passaram até ele conseguir achar a bomba. Cada passo que ele dava lá era meticulosamente perigoso. Com toda certeza, ele tinha consigo um relógio de pulso, que olhava a cada minuto. A última vez que se lembra de ter olhado nele eram exatamente às 23h59min. Ele estava com a bomba na mão. Olhou o relógio e viu que não dava mais tempo. Mas ele não podia desistir. E por mais incrível que fosse ele já havia pensado nisso. Havia apenas uma chance. Ele conseguiria destruir a bomba. Ela explodiria, mas causando estragos bem menores, não chegando a atingir nem todo o núcleo. Mas como ele estava ligado ao centro da Terra, então essa explosão causaria fortes estragos nele. Ele estava ciente, que depois de meia noite ele não passava. Bastava que ele puxasse os fios, assim como é nos filmes. Ele tinha o destino do mundo em suas mãos. Não veio nenhum flashback de toda sua vida na mente. Ele apenas fechou os olhos e viu o retrato de seu pai e sua mãe sorrindo dizendo: "Coby, você é um herói.". Naquele instante ele nem precisou usar poder algum. Puxou todos os fios e continuou de olhos fechados. Foi então que ele sentiu o forte calor e esperou que tudo aquilo se acabasse. 



Pauta para 67ª edição conto/história do Bloinques.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

7ª série.

Eu sinto falta.Falta dos meus verdadeiros amigos, de ter com quem contar, de ter o que contar. Olho as fotos antigas, e os sorrisos, revejo as fotos novas, e os mesmos sorrisos. E eu queria tanto estar no meio deles. Chega a ser horrivel, ver eles crescendo sem mim, longe de mim. Eram eles que eu costumava chamar de familia, era com eles que eu tinha uma intimidade inacreditavel. Eles que me ofereceram um ombro amigo quando eu precisei, que me apoiaram e ajudaram nos momentos certos e errados. É disso que eu mais me arrependo até hoje. Todos os dias eu acordo pensando em como seria se eu estivesse com eles, e isso me faz sofrer tanto. É com eles que o coração bate forte a cada encontro, é por eles que derramo lágrimas toda noite. Confesso que não queria que fosse assim. Estou vivendo uma nostalgia, nem tão doce quanto queria. É tão bom pegar aquela caixinha guardada na gaveta do quarto e reler cartas antigas, rever fotos, e de quando em vez deixar derramar uma lágrima doce que desaparece no sorriso. Nenhum deles deve saber que eu fui capaz de ama-los tanto assim, mesmo depois de abandona-los quando eu achei que tudo estava difícil demais. Eu fugi, como um cachorro foge da chuva fria de noite, eu fugi dali, porque achei que poderia desmoronar, e me esqueci que tinha ao meu lado, pessoas que me impediriam de tal. Hoje eu me sinto tão fora dessa familia, com a qual eu aprendi tanta coisa em um ano, e continuarei aprendendo mesmo que só observando. É como a gente costumava falar: "É a mió que ta teno." E por mais que fosse brincadeira, essa frase hoje, fica estampada no meu peito, porque foi a melhor que teve.


Texto editado pela ultima vez em: 27/05/10
A vida te leva as pessoas que mais te importa, pra mostrar que o mundo é bem maior 
que o teu grupo de melhores amigas e muito pior do que uma chuva de domingo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Por você, eu tenho um tombo.

Ela: Eu tenho uma queda por você. E como em todas as quedas, vou cair no final.

Ele: É nessa hora que eu te seguro.

terça-feira, 10 de maio de 2011

- Você sofre de amor?

Não. Sofro de resfriado, dor de cabeça, dor no estômago, etc. Sabe quando alguém não corresponde seu amor, e você sofre e chora? Isso não é sofrer de amor, é sofrer de rejeição. O amor é o sentimento mais puro e intenso que podemos ter. O que me faz sofrer são as pessoas, não o amor.


Créditos, Lee Way.

sábado, 7 de maio de 2011

Não vai passar de um dia normal.(para o resto do mundo).

Vai ser um dia normal pra você e para todo o resto do mundo. Você vai estar com as amigas e, vocês estarão se divertindo. Então você vai vê-lo. Ele vai estar com uma camisa preta, que vai deixar ele mais bonito. Vai estar usando o óculos que você adora secretamente, pois dá a ele um ar de sério. E ele nem vai te notar, mas no fundo sabe que você está ali. Então seu coração vai disparar, suas pernas vão bambear tanto que você mal conseguirá se manter de pé. Você não sabe de onde vem tudo isso, e de repente, suas mãos começam a suar. Você vai ficar confusa com todos esses efeitos colaterais. Você vai estar se remoendo por dentro de ainda não ter olhado aquele sorriso fofo de novo, então você vai virar seu rosto, e num de repente perceber que ele olha em você. Sua saída vai ser fingir procurar por alguém e desviar o olhar. O sorriso dele vai estar na tua mente, e você vai acabar sorrindo também. Quando finalmente você puder ir abraçá-lo, você vai hesitar e enrolar o máximo que puder, até que teus pés andarão sem direção e vão encontrar os dele. Você vai esquecer de observar se ele usa aquela pulseira e vai abraçá-lo com força. Vai encontrar logo uma desculpa para sair dali o mais rápido possível, e quando sair e já estiver longe, vai se arrepender tanto. E esse vai ser só mais um dia normal, do qual você sai de casa toda desarrumada, com o cabelo bagunçado e um sorriso no rosto. Mesmo dia normal que você volta pra casa toda desarrumada, com o coração bagunçado, e um sorriso na mente. E pior nisso tudo, é saber que o coração não podia ter acelerado e que era melhor as mãos nem terem se tocado.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

No peito um coração não há, mas duas medalhas sim.

Ele estava indo embora. Ela não poderia dizer até quando, podia ser pra sempre. Ia embarcar em um navio gigante, servir o exército. Ele estava tão ansioso, desesperado, e acabava se esquecendo dela. Estavam em plena guerra mundial. Ele conversava atentamente com o general. Ela escutava de longe palavras como lutar, morte, perdas e nunca mais. Isso a assustava. Mas ela conseguia se manter calma por fora, e guardava todos os detalhes dele na mente. O jeito como ele franzi a testa quando está sério, a maneira como ele sorri quando está sobre tensão, a mecha mais clara do topete no cabelo que costuma recair sobre a testa dele, a suavidade que ele põe nas palavras quando quer deixar as pessoas calmas. Finalmente estavam prontos para ir, todos a bordo do navio. Ele sussurra algo com o general a bordo, e desce correndo:
 - Eu ainda tenho uma última coisa pra fazer.
Deu um beijo na testa dela, entregou uma carta em suas mãos, e colocou no pescoço dela uma corrente que tinha o teu perfume. Segurou em seu rosto e disse com palavras mudas, traduzidas por um sorriso, que a amava e prometeu volta. Ela o abraçou forte e arrumou a mecha do topete, enquanto ele sorria tenso. Eles se beijaram.
 - Agora sim, estou pronto para embarcar.
Subiu a bordo e de lá de cima mandou um tchau com as mãos para ela. Bem cena de filme. Ele pensava em quando veria aquele cabelo ruivo de novo. Ela pensava se veria o sorriso dele novamente.
Passado cerca de um mês, eles chegaram na Rússia. Ele escrevia para ela todas as noites. Totalizaram 108 cartas não entregues. Alguns diriam que ele durou pouco, outros que ele era um herói. De fato, muitas versões surgiam. Mas ela nunca mais ouviu falar dele.





Pauta para 65ª edição conto/história e 67ª Edição Musical do Bloínques.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Surdez fatal.

Ele saiu às pressas do trabalho e foi pegar o filho Dylan de 5 anos, na escola. Aparentemente ele havia sido expulso de sala por um motivo certamente estúpido.
 - O que houve?
 - Seu filho está fingindo ser surdo. E existe um garoto na sala dele, que é realmente surdo de nascença, e acha que Dylan está zombando da cara dele.
 - Hey Dylan, já conversamos sobre isso. Nós sabemos que você não é surdo, mas gostaria de ser. - Pegou o pequeno no colo, e olhando para o diretor disse - Ele não faz por mal.
 - Os pais do garoto querem que peçam desculpas ao filho dele.
Dylan estava quieto, somente mexia a cabeça mostrando que concordava com tudo que o pai dizia.
O pai cheirava a suor, recém saido do trabalho, e falava de forma desanimada. O modo como passou a mão no cabelo, antes de entrar no carro, dava pra imaginar uma bagunça de papéis e telefone ligado no escritório. A correria até o colégio, a atenção nem toda focada no trânsito, e o excesso de velocidade. Três elementos que lembravam o dia do acidente. Bastava que estivesse chovendo para ser clichê o suficiente. Era um Renault 5 vermelho escuro. O caminho estava vazio. Ele aumentou o volume do rádio para relaxar, e acordou Dylan que já dormia no banco traseiro. Todos começaram a cantar, e por alguns minutos, o motorista resistiu ao sono. O garoto entoava o refrão sem nem abrir o olhos. A canção continuou tocando depois da freada, com a criança voando pela janela, e com o motorista que mordia os lábios enquanto tentava controlar o carro com o ritmo da música grudado na cabeça. Tudo aconteceu em menos de um minuto, porque, afinal, embora o rádio tivesse parado de funcionar, ele calculou que a música ainda tocava em todos os rádios ligados naquela hora.






Qualquer semelhança notada com o livro De música ligera, Aixa de La Cruz,  não é mera coincidência. Pode haver por aí, citações, nomes ou a simples ideia inicial de ter  Bob Dylan no papel, ou um menino que queria ser surdo, ou um acidente de carro.

domingo, 1 de maio de 2011

LUTO.

Ela recebeu uma ligação enquanto enxugava a louça. O coração dela acelerou ao ouvir as palavras do outro lado da linha. Não se preocupou mais em limpar a louça, ou enxugar a mão no pano de prato. Ela tirou o avental, e saiu as pressas dali, deixando um copo meio cheio de café, e uma vasilha quase enxugada com o pano de prato ao redor. Deixou as luzes acessas e a casa toda aberta. Aquela ligação era realmente mais importante que limpar a louça ou fechar a casa. O telefone ficou ligado em cima da mesa, onde ainda se podia ouvir a voz do outro lado da linha que dizia: "Julia?! Não se preocupe, ele foi para um lugar melhor."