sábado, 28 de abril de 2012

Vai ter que ter um tempo pra lidar com o que passou.

Eu já havia a visto ali, várias vezes. Mas só agora realmente reparara nela. Entrou aflita. Não era algo notável a primeira vista, ela disfarçava bem. Andava calma pelo bar, mas olhos baixos, como se guiada pela tristeza. Sei que não fui o único a notá-la. Todos os olhares se voltaram para a morena que entrou em um bar sozinha as duas da madrugada. A luz no bar era baixa e meu angulo não favorecia, mas era impossível não olha-lá. Tira algumas moedas do bolso da calça e joga-as no balcão. Diz algo rápido e recebe uma dose de cor clara. Cara forte depois de virar o copo e batê-lo. Talvez fosse pinga. Dá meia volta e senta na primeira cadeira. Tampa o rosto. Quer se mostrar forte, mas sei que lá dentro tá chovendo um temporal. Agora, já haviam se esquecido da presença dela. Talvez ela tenha se sentido mais livre. Vejo lágrimas escorrendo por entre os dedos que lhe tampavam os olhos. Lembrei-me de já ter visto-a com um homem. Um típico homem de quebrar seu coração. Acho que não era pelo fim que aquelas lágrimas rolavam. Eram duas horas e ela estava sentada em uma mesa de um boteco qualquer. Talvez não conseguisse dormir. Talvez não soubesse o que fazer. Como seguir em frente, sem o seu amor? Ela via em cada parte, uma lembrança. Chorava, porque passou. Tudo passa, ela sempre soube. Mas em cada coisa que passou, há algo que ficou. As histórias, os planos... Onde nada passa e nada se modifica. Talvez por isso ela chore. Por não querer que tudo mude. Pega e acende um cigarro. O homem do lado tosse descaradamente e comenta algo que não fui capaz de ouvir. Ela puxa um trago forte e vai pegar outra bebida. O garçom ignorante diz que é hora de fechar. Ela nem discute e vai saindo, cigarro na boca, engolindo o choro como se assim engolisse o que passou. Levanto-me. No instante em que chego à porta, ouço sua respiração forte e sinto o cheiro de álcool misturado com o de cigarros baratos. Encosto na porta e tiro algo do bolso, como se para olhar as horas:
 - Você sabe que lhe faz mal. Já havia parado. - Olho pra baixo como se soasse natural e, vou saindo.
 - Se parece tanto com ele. – Respondeu baixo, enquanto pisava no resto do cigarro no chão.




segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tá chovendo dentro dela.

Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar. Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Rascunhos.

E acho que toda vez que a gente brigar a sensação vai ser a mesma: de que um dia eu posso te perder por conta de uma dessas briguinhas bobas e, de que isso seria a pior coisa de todas.







Atualizado pela última vez em: 27/03

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Like sunglasses at night.

Tá bom, vou falar sério agora. Eu tava quase dormindo na hora que recebi sua mensagem. Vou confessar que na verdade eu nem sei que horas eu recebi. Sei que me perguntaram se meu número ainda era o mesmo, então eu peguei o celular pra ver se tinha algo. 
3 mensagens novas.
1ª- Nossa, que saudade monstra de você.
2ª - Boa noite e uma feliz pascoa, minha melhor (:
3ª - Você é uma farsa. (...)

Tá, acho que não preciso falar mais nada né?! Por mais incrível que pareça, você disse que eu sou uma farsa, e eu só soube sorrir. Então eu li aquilo como a boba que sou, como a criança que interpreta em cada em frase um mundo de ideias... E quando aquela mensagem acabou, era como se tivesse você ali do lado... eu precisava ter você ali do lado para abraçar e falar que teus pés gelados, de um modo estranho, me aquecem o coração. Nossa, que clichê... Sempre sou meio assim sabia? Perceba que eu devia ter te falado um monte de coisa... eu queria ter te falado um monte de coisa. Ontem mesmo, eu tinha um turbilhão de coisas pra te falar. Eu precisava falar, por exemplo que você se parece tanto com o filme, que o principal motivo de eu não gostar foi o medo de termos um final igual. Precisava falar também que não foram só os pés gelados, ou o fato de você aparecer em um cavalo branco, nem por você ter o mesmo nome dele, nem por ser meio nerd e usar chinelos de avô, muito menos por as vezes termos discussões tão anormais quanto falar que o amor é como pedir pizza ou tem muito mais haver com o Mc Donalds, se é que me entende... mas eu vi você em cada parte daquele filme. Precisava falar que você merece muito mais do que eu costumo te dar... Só que mais uma vez eu não falei nada disso. Eu juro que eu planejei, planejei tudo mesmo. Se bobear até a expressão que eu faria... E talvez tenha pensado também nas tuas repostas. Mas que boba eu né?! Em vez de falar, eu escrevi. E to aqui de novo, escrevendo bobaginhas só pra não perder a oportunidade de ser romântica, afinal... falar de amor não é clichê.
Nossa, não era pra sair nada desse jeito. Eu na verdade, queria falar que eu não quero nunca precisar sentir falta dos teus pés sempre gelados. Foi isso que eu pensei na hora que li a mensagem, foi isso que me fez acordar daquele quase sono e pensar que, mais uma vez, nossa história pode estar mais naquele filme do que ambos notamos. E volto a pensar que talvez por ironia desse destino que nos uniu, tenhamos que nos separar... Mas isso já é assunto pra outro dia. Por mais que elenco se pareça, nossa história é outra. Não é, Ton? 

sábado, 7 de abril de 2012

Me acostumei tanto a gostar sozinho, que me atrapalho todo nessa de gostar junto.

-Soulstripper

quinta-feira, 5 de abril de 2012

4 de abril.



No coração, a pureza de cinco anos; na mente, a inocência de dois... mas no corpo e alma(cheios de marcas para provar) a grandeza dos 16.